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Arquitetos: FWG ARCHITECTS SARL
- Área: 5147 m²
- Ano: 2021
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Fotografias:Thomas Jantscher, Delphine Burtin
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Fabricantes: AGROB BUCHTAL GmbH, Actiu, Agena Energie Soleil, Arper, Aumüller, Duravit, Flumroc, Geberit, Gilgen Door Systems, Glas Trösch, Glutz, HAY, HM-Spoerri AG, Hilti, Knauf, Kone, L.Ellgass, Miele, Montana, Opo Oeschger, +7
Descrição enviada pela equipe de projeto. Localizado no coração da pequena cidade de Étoy, Suíça, este projeto de restauração e ampliação responde à necessidade de propor novos locais de atividade para pessoas com deficiência mental e física. O volume também será reabilitado para garantir a sua conformidade em termos de segurança contra incêndios, acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida e eficiência energética.
O objetivo do projeto é oferecer à Fundação l'Espérance um ambiente renovado e homogêneo através de uma restauração cuidadosa e funcional. Esta realidade levou à escolha de materiais, volumetria e projeto arquitetônico em coerência com o objetivo de buscar continuidade e unidade com o ambiente construído. A ambição é, em última análise, oferecer um contexto construído e paisagístico harmonioso, com grande comunicação em termos de acessos e percursos, tendo sempre presente a espacialidade, a luz e a transparência dos espaços nos jardins e na natureza.
Por meio deste projeto, são utilizadas habilidades para gerenciar diferentes programas em uma mesma configuração urbana, definir a mobilidade acessível, gerenciar todos os fluxos, a complexidade operacional e temporal de vários ambientes simultâneos e implementar um processo participativo com todos os atores envolvidos.
O volume propõe uma abordagem de desenvolvimento sustentável e economia de energia. A preservação da estrutura de concreto existente atende plenamente a esse objetivo e também os custos de construção. A edificação foi projetada para oferecer alto desempenho em termos ambientalmente corretos em relação à construção e flexibilidade de espaços para acomodar a remodelação. A escolha dos materiais minimiza a emissão de carbono; a estrutura e a sua montagem permitem a reversibilidade.
Para atender às novas necessidades, o volume original passou por transformações que vão desde a elevação de algumas partes até a substituição de todas as fachadas e cobertura. A filosofia adotada para este projeto foi a de oferecer espaços livres de todas as limitações, equipados da mesma forma a nível técnico (aquecimento, ventilação e eletricidade, divisórias removíveis), e por isso facilmente reutilizáveis. Este sistema de “espaços de forma livre” responde a possíveis mudanças no projeto institucional deste complexo.
Desde o início, o objetivo não era tentar inventar soluções, mas criá-las em colaboração com os usuários que habitam o espaço. Os ateliês fazem parte de uma arquitetura industrial que é considerada um patrimônio que vale a pena preservar com valores a serem respeitados. Mais do que arquitetura fechada e acabada, os ambientes foram concebidos como um sistema aberto e adaptável, prontos para mudarem e se adaptar de acordo com circunstâncias particulares ou temporais. Os espaços são assim facilmente intercambiáveis.